quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Que tudo se realize, no ano que vai nascer...

Pois é, 2008 chegou ao fim. Nesse ano todos tivemos motivos para rirmos e chorarmos. Infelizmente foi um ano que fez muita gente que eu amo derrubar muitas lágrimas, assim como eu, que não apenas chorei mais, mas também xinguei, reclamei, me irritei e me despedi de lugares e mais penosamente de pessoas.

Mas não foi apenas isso, ainda bem. E agora a gente começa a se reestruturar novamente.

A única coisa que eu não pude me livrar foi do cansaço bem característico dessas épocas. Não estou com pique nem para ligar pra galera desejando boas festas, apesar de me lembrar de todo mundo, ou quase todo mundo.
E também quer época mais significativa para se encher das coisas do que o Ano Novo e tudo o que o envolve? Não!

No ano novo, as pessoas acham que, só porque a Terra deu mais uma volta completa ao redor do Sol, dentre as bilhares já dadas, cria-se um portal mágico, onde mudanças acontecem, desejos se realizam e desgostos são eliminados por um passe de mágica. Como se fosse um recomeço de fato e que se justifica por si só.

Nesse sentido o Ano Novo é ainda mais chato que o Natal, que particularmente eu não tenho nada contra (fora as convenções familiares forçadas).

Eu acho muito bom dividirmos períodos a fim de reavaliarmos nossas vidas e planejarmos realizações, até porque eu, como qualquer ser humano que se preze, sou uma pessoa que também precisa criar ciclos para a vida, mas o que eu acho de uma babaquice ímpar é que as pessoas depositam toda a expectativa de melhora em uma data, ou melhor, numa passagem, sem levar em conta que é preciso muito mais do que um dia mágico para que mudanças aconteçam. Investir em auto-conhecimento e auto-observação são caminhos muito mais efetivos. Ou então parar de apontar nos outros o que em princípio deveríamos 'reparar' em nós mesmos e assumir que erramos, ao invés de tentar provar que somos perfeitos para todo mundo, é um bom começo também.

E isso tudo não é apenas rabugice minha como parece. Mas é que na minha opinião as coisas são mais simples e menos casuais.

Mas sei lá, as pessoas precisam de todo esse simbolismo. Precisam das mandingas, das levianas listas de promessas, do velho e chato traje branco, das calcinhas coloridas e das previsões astrológicas do João Bidú. Para logo em seguida lidarem com a fatal realidade: A gorda volta a se entupir de doce; o fumante retorna pouco a pouco ao seu vício; a solteira continua ansiosa e cega e o pobre com suas habituais dívidas.

Enfim, é o repeteco de todos os anos e isso faz parte da festa. E um pouco mais adiante somos brindados também com uma barriga saliente, com a preguiça de voltar ao ritmo e ao trânsito da cidade, com o Oscar na Globo e o desfecho com o inevitável Carnaval e seu cenário pseudo-apocalíptico. E aí sim, o ano inicia.

Bom pessoal, Feliz Ano Novo e um 2009 bonito, porque eu sou muito otimista!


Beijosésóumafase!
;-)


domingo, 30 de novembro de 2008

Quem paga o preço?

Esses dias um ex-chefe meu veio me contar que gostou muito de mim porque eu sou uma pessoa muito sincera e que quando somos sinceros conseguimos tudo o que queremos. Eu quero muito acreditar nele, pois eu realmente me questiono o quanto a sinceridade influencia na conquista ou na derrocada de coisas em minha vida. Eu inclusive me questiono muito sobre a verdade dos meus atos ou impulsos.

Me questiono se gosto de verdade de alguém que gosta de mim; me questiono se o emprego vai me satisfazer um pouco pelo menos; me questino se eu ajudo meus amigos por altruísmo ou pra ser sempre solicitada e me sentir importante; me questino se é amor, ou convivência... e por aí vai. Eu exagero um pouco nisso. Às vezes me enxergo como uma pessoa muito intensa e um tanto difícil. Eu vivo de dilemas, penso demais, mudo demais, sei lá... Deve ser por isso que estou solteira, informação demais cansa, principalmente homens que são criaturas práticas e objetivas ou então eu sou um jaburú e ainda não me dei conta.

Mas enfim... Acho que nem sempre dá pra ser sincero, tradicionalmente sincero. Aliás erramos muito quando supomos que estamos sendo sinceros.
Existem pessoas, e eu posso até me incluir nesse grupo, que têm impulsos honestos. Nós somos condicionados como todo mundo é, mas às vezes não resistimos às pressões e explodimos, fazendo e falando tudo o que nos dá na veneta. Só que essas pessoas, desse grupo que eu me incluo, se enchem muito mais rapidamente com uma vida condicionada e artificial. Elas vivem insatisfeitas e até se tornam arrogantes e debochadas, devido ao desgaste das situações manjadas. Porque isso tudo é um porre de verdade!

Gastamos a maior parte de nossa vida preenchendo uma agenda que não escolhemos, papéis que não queremos mais representar, atividades chatas e cansativas, repetimos frases que não acreditamos mais, para pessoas que acreditam que estamos sendo sinceros.

Agora imaginem acordar um dia e decidir ser totalmente sincero. Que caos, que delícia!
Fazer o que quiser, como quiser, no seu ritmo; ir para aonde der na telha; escutar só o que lhe despertar interesse; elogiar quem você admira; beijar na boca de quem tem vontade; pedir pro seu chefe não te incomodar em momento nenhum do dia e se ele protestar mandar ele ir se fuder; falar tudo o que pensar pra quem quiser. A vida é festa!
Se adotassemos essa técnica ficaria claro o quanto não somos sinceros. Claro que isso acarretaria inúmeros desastres sociais, mas com certeza aliviaria o stress de anos acumulados. O meu certamente aliviaria.

Mas apesar de parecer lindo, idealista, corajoso, ser uma pessoa honesta, também é bem mais cansativo. Principalmente quando você percebe que não pode seguir apenas a sua motivação interna a não ser que queira brigar todos os dias e colecionar desafetos.

Deve ser por isso que as pessoas adoecem tanto. Baseio-me em mim; meu organismo todo é muito honesto. É só eu me manter numa situação desgastante ou que me contraria que as coisas começam a degringolar com minha saúde. O mês passado foi uma prova; eu fiquei com sinusite, uma puta dor nas costas, coisa que eu nunca tenho e tive reação alérgica ao remédio que precisei tomar, resultando em 3 injeções. (Aliás, que brisa eterna a injeção pra cortar a reação alérgica. Ela faz teu corpo pinicar todo. Todo mesmo, muito! Coisa de louco.)

Enfim, esse papo todo me irritava muito quando eu trabalhava numa escola de Yoga há um tempo atrás. Você não podia pegar uma gripe que a minha chefe já começava: " Gripe, é confusão mental. Você precisa se resolver. Na vida...(continua indefinidamente)". Mas até que ela tinha razão, tirando a perseguição.

Bom, ainda não sei se sendo sincero conseguimos o que queremos (porque até agora...). Muitas vezes eu desejei ser uma pessoa que não tivesse a necessidade de se posicionar em diversas situações. Também me revolto bastante com a dissimulação de muitas pessoas. Mas eu realmente prefiro ser assim, porque eu acho que deve chegar um dia, na vida dessas pessoas mornas que elas esquecem quem são e já nem saberiam dizer o que as motivam, de tanto que se moldaram.

domingo, 2 de novembro de 2008

ponto.

Saudades de quem se foi. Mas a lembrança é eterna...

Já reclamei bastante dos contratempos, agora é hora de respirar fundo e começar a correr atrás de algo, nem que esse algo seja a um primeiro momento, dinheiro. Não que a partir de agora eu vá parar de reclamar, mas vou começar a filtrar o que devo classificar com olhar crítico e vou maneirar nas lamentações gratuitas.

Apesar de que os recomeços foram constantes nesses tempos que passaram, agora é hora de um começo, de verdade. Finalizando com tudo o que não me serve mais e decidindo, qual o passo será dado, antes de me jogar em qualquer coisa que eu já saiba de antemão que não vou dar continuidade.

Tô sentindo um certo vazio nesse momento, não sei bem o que é mais importante pra mim, não sei mensurar ainda o quanto certas coisas mexeram comigo e nem o quanto algumas pessoas estão fazendo falta. Mas não vejo isso como algo de todo ruim. Acho que devo aproveitar esse vazio para deixar certas coisas pra trás sem arrependimentos e preenchê-lo com novos planos, novos afetos e novo olhar sobre as coisas.

Nessas horas a gente vê o quanto podemos ser fortes e o quanto podemos superar a cada minuto, os obstáculos que muitas vezes parecem ser intransponíveis.


Que lindo... vamos ver se eu continuo assim, sensível e compreensiva, por muito tempo.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

I Will Survive

Sabe cansaço que dá tristeza? Saudade que dá raiva? Falta de tempo que te faz chorar?... ai, tô numa bichice hoje.

Tenho que acordar às 5 horas e precisava terminar um trabalho e também responder alguns e-mails, mas não tô nem aí. Resolvi que hoje eu quero mais é que se fueda! Espero que ao longo do dia ninguém venha me fazer perguntas indiscretas,e nem venha perguntar a minha opinião sobre qualquer assunto mais delicado; não pretendo economizar sinceridade. Hoje também não vou pagar de psicóloga de ninguém. Vou é valorizar o meu momento de revolta, me fazer de vítima e me mimar por qualquer motivo.

E se você veio aqui atrás de algo leve, divertido ou interessante pode dar meia-volta-volver e retornar para o sítio de onde saiu, porque eu continuarei nessa mesma pegada até o final deste post. E também não esperem muita fluência pois eu estou escrevendo isso no calor das emoções. Putamerda!

Agora eu vou desabafar!

Meu humor anda oscilando demais, eu ando um tanto instável.
Tá, tudo bem! Eu sei que as mulheres são normalmente instáveis, mas o fato é que antes eu tinha um certo domínio sobre isso. Mas é que esse ano foi tão punk que abalou minhas estruturas. Agora eu me dei conta disso!
Sim! Cinthia também pede arrego.

E hoje eu fiquei num chororô só. Quero dizer, internamente, pois não tive tempo e nem lugar pra derrubar meia dúzia de lágrimas, coisa que faz qualquer mulher sentir muita pena de si mesma. Então apenas estampei uma cara de cu de borboleta o dia inteiro.

E agora, só de pensar que daqui a pouco terei de acordar para ficar o dia inteiro fechada com a fuça de frente para um computador ou para uma porta, já dá um bode imenso. Eu me encho absurdamente com essa rotina e nem precisa de muito tempo pra isso.
Não utilizar um quinto da minha capacidade, agüentar gente que pensa que sabe muito mais do que você, falando as mesmas e previsíveis asneiras de sempre e ouvir gracejos de cada cara nada a ver... ENCHE DEMAIS.

Chega um momento do dia que você começa a quase ter alucinações e só consegue se imaginar alçando vôo pela janela mais próxima com uma hélice saindo pelas orelhas, igual ao seu Juca da Turma da Mônica.

Hoje foi o ápice, mas isso já não é tão recente. Preciso urgentemente recarregar as baterias pois minha escassa paciência parece ter-se ido de vez.

Não tô com saco pra nada mesmo! Pra gente sem noção, egoísta, vitimista, intrometida, infantil, debochada, chata, mentirosa, prepotente.
Ah, vão todos pra putaqueopariu ou pro raio que as parta! O que for mais longe de preferência.

Não tô relevando encheção de nenhum tipo, nem as perguntas idiotas que escuto, ou a má educação do povo e nem as cantadas sem noção de qualquer zé-ruela por aí. E diga-se de passagem, às vezes é ótimo se sentir assim, agressiva; apesar dos contratempos a gente acaba resolvendo muitas situações.

Também não tô com saco pra ir pra balada, pra 'galerinha' nenhuma, e pra todo aquele lance de tentativas de relacionamento e toda a novelinha patética que envolve tudo isso.
Essa coisa chatíssima de início de relacionamento...se arrumar toda, sair, conhecer alguém, ter todo aquele começo idiota, onde todo mundo (nesse caso, as mulheres principalmente) faz um esforço incrível para parecer muito interessante. E toda aquela expectativa idiota em saber se ele gostou de você, se você não deu nenhuma brecha, se não falou muita merda e qual será a surpresa do próximo capítulo. Cansei de surpresas!

Ai, podia aparecer alguém embalado e endereçado pra gente poder pular toda essa fase e ir direto para aquela de ter de decidir apenas qual dvd vai alugar. Sem ter de também conhecer família ou tentar fazer com que o coitado entenda a sua.

Ah e eu nem sei pra que eu quero um homem também. Homem coça o saco, só pensa em sexo, olha pra bunda de qualquer baranga cabeluda, e são dissimulados quando têm um interesse (sexo, geralmente)...blá,blá,blá. E fora que daqui a pouco nem vai mais ter locadora pra ir alugar o dvd com eles, tudo perdeu o charme. Então f***se eles também!

E sim, eu sei que este post está totalmente sem sentido, mas é justamente assim que minha cabeça está trabalhando neste momento; sem sentido e sem direção.
Comecei escrevendo sobre meu dia e acabei descontando nos homens. Pois é, eu avisei!

Bem, é isso!
Se você perdeu seu tempo até agora, já pode ir embora.

domingo, 12 de outubro de 2008

Previsível...

Esse blog tá funcionando como uma espécie de analista pra mim. Eu gostaria de escrever sobre coisas mais diversas, mas ando tão preenchida de mim mesma que não tô conseguindo, nesse momento, colocar minha atenção, palavras ou pensamentos em qualquer outra coisa. Não sei se isso é bom ou ruim...

Quem sabe, mais pra frente, sobrem motivos para eu desviar minha atenção.

domingo, 28 de setembro de 2008

Um post nada modesto (senta que lá vem história)

Aqui estou eu novamente pra escrever sobre o assunto mais interessante que existe: Eu!
Independente do interesse dos meus escassos leitores. Desculpem-me!

Motivada por questões existenciais que nos assolam no dia de nosso aniversário eu comecei a analisar minha vida e cheguei a conclusão que estou vivendo uma espécie de crise. Aquela coisa de perceber o tempo passar e você continuar no mesmo lugar, sem nenhuma conquista ou nada que marque (o mesmo assunto de sempre). E percebi um certo padrão que costumava se repetir que me levava a não me fixar em nada e conseqüentemente não ter conquistado nada de tão significativo. Esse padrão nada mais é do que a minha nada modesta personalidade.
Eu vou explicar:

Eu não sou modesta. Não sou modesta nas escolhas, nos gostos, nos amores, nas preferências, nos pensamentos, nas palavras, e principalmente nos desejos. Eu quero ser e ter tudo. Não me faça optar por esse ou aquele. Eu quero tudo ao mesmo tempo de preferência. E o resultado mais provável pro exagero é e sempre foi o descaso. O nada!

Por partes:

Minha mãe sempre diz que eu sou muito indecisa e esse é O meu problema. Eu não sei bem se concordo. Eu tomo decisões, eu sei fazer escolhas. O que ocorre é que eu simplesmente escolho muitas coisas, porque na minha concepção elas são essenciais. Eu preciso dessas muitas coisas.

Eu por exemplo, gostaria de fotografar, de cantar, de escrever, de desenhar, de aconselhar, de criar, de mandar, entre algumas outras coisas, porque eu faço razoavelmente bem todas elas. Eu gostaria de ser ruiva, loira, morena, de cabelo curto, médio, entre outros estilos, porque eu tenho personalidade o suficiente pra sustentar qualquer visual. Eu gostaria de morar em São Paulo, ou num lugar mais verde, menos cheio, mais sossegado, menos frio, mais simples, entre outras opções, porque meus gostos mudam. Eu quero amar e ser amada, mas não perder minha autonomia, nem meu espaço, nem minhas outras prioridades. Enfim... eu quero tudo isso e tudo ao mesmo tempo. Eu quero tudo sem perder nada e todo mundo sabe que fazer escolhas implica em alguma perda. Algo tem de ser deixado pra trás.

A insatisfação é sempre presente pra uma pessoa que quer tudo ou que é tão inconstante que a cada dia tem um objetivo diferente. Você acaba fechando muitas portas por que nada é exatamente aquilo que você quer. E aceitar qualquer coisa que apareça significa perder as inúmeras opções que você tem, quando não precisa optar por um único caminho. Então a gente só escolhe, escolhe e escolhe mas as escolhas são tantas que não sobra tempo para botá-las em prática.
Viu mãe, você está errada! O que mais sei fazer na vida é escolher!

A questão é que já está na hora de eu chegar a algum lugar. Eu preciso de um emprego decente, uma meta a ser atingida, um lugar pra ir e um relacionamento normal, caceta!
Como é que se faz? Vou fazendo uma lista de prioridades, riscando os planos mais supérfluos, mais difíceis?

E o relacionamento normal é outro desafio. Pra uma pessoa com uma personalidade tão móbil e uma vontade maior que o mundo, as emoções são sempre desencontradas e incertas. Por ora as paixões são violentas e totalmente indesejáveis e outras vezes acabam imediatamente e sem explicação motivada por qualquer gesto que possa significar uma possível falta de interesse, porque avaliando tudo através dessa ótica megalômana, muitas vezes você acaba exagerando o que não é nada na verdade. Tudo parece ser um amontoado de emoção, expectativa e ansiedade juntos.

É o que afirmei esses dias, sem perceber o grau de sinceridade, quando fui questionada sobre minhas paixões: tem dia que acordo perdidamente apaixonada. Tem dias que não gosto de ninguém. Gosto é de atenção.

E é a mais pura verdade, não sei bem quando gosto mesmo de alguém. Gosto de atenção, gosto de exagero, gosto de me sentir importante. Gosto de gente importante, gente competente, gente que se destaca, porque acho que mereço. Tudo pra depois me sentir insegura como se segurasse uma bomba-relógio nas mãos.

Em alguns momentos eu gosto de ser assim... mas eu gostaria que os outros também gostassem e me acompanhassem nas mil e uma escolhas diárias. :)

Não é que eu precise de muito mais do que os outros - até porque posso, neste momento, ter até menos já que quem muito quer... O ponto é que eu realmente tenho vários interesses, várias aptidões e sou muito cobrada, então é natural eu querer muito também. E de repente, isso pode até ser uma forma pouco convencional de amor próprio.

Não é muito a minha correr atrás do que não é pra mim. Não costumo sofrer por amores não correspondidos, por exemplo. Os que me atraem são os que me notam (não todos, é óbvio, existe o famoso padrão de qualidade) e quando não me dão mais atenção eu não amo mais. Também, quando  vejo que eu não executo muito bem uma tarefa, eu perco o interesse por ela na hora. Não fico me diminuindo e vou procurar o meu lugar, que podem ser vários lugares.

Onde é o meu lugar, afinal?

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Só radicalizando mesmo...

Já ouviram aquele papo de que as pessoas se aproximam de pessoas parecidas com elas? Que atraem pessoas com gostos e pontos de vista semelhantes? Pois então, isso, na minha opnião ocorre porque há uma identificação, geralmente imediata. É aquela história: gente interessante reconhece quem é interessante assim como asnos farejam asnos a quilômetros de distância. Aliás, gente esperta também fareja asnos e procura manter uma distância saudável deles.

E essa identificação ocorre por várias características . Tem todo aquele lance do visual: a gente repara em como a pessoa se veste, o cabelo, a aparência em geral e isso dá muitas pistas porque sabemos que pensamento e estética estão intimamente ligados. Mas identificamos as pessoas em comum principalmente pelo exercício da observação.

Eu sou extremamente observadora, reparo em mínimos detalhes que geralmente me revelam muito sobre as pessoas. Não sei se todo mundo percebe, mas o jeito de andar, de se vestir, o modo de olhar, a voz, as expressões faciais e especialmente o que chama a atenção das pessoas, são detalhes que revelam muito sobre como elas são. E isso é muito explícito. Pode reparar na expressão do rosto de um cara idiota; é sempre a mesma cara de paisagem. Prestem atenção também no timbre de voz de uma mulher fútil; muito revelador!

Por isso que, para uma pessoa que quer ser considerada inteligente, antes de tudo eu a aconselharia a aprender a obter respostas por si mesma. Sem explicações racionais.
Na minha humilde opinião, a maior expressão de inteligência de uma pessoa está nisso: a capacidade de ver além do óbvio. Não precisa enrolar, usar palavras difíceis, querer pagar de culto principalmente quando esses valores não lhes interessam de verdade. Claro que erudição impressiona e tem muito valor, mas apenas quando o interesse é real e não apenas para provar qualquer coisa a qualquer pessoa. E usar linguagem rebuscada numa conversa informal ou pra contar coisas do dia-a-dia é coisa de gente idiota, não inteligente. Verborragia nunca foi inteligência!

E eu estou escrevendo tudo isso porque algumas pessoas ultimamente decidiram me pedir explicações sobre que tipo de pessoa eu sou (?), achando que eu perderia meu tempo dando alguma resposta pronta. Pessoas que querem provar que são especiais e inteligentes e por não saberem ser apenas naturais e simpáticas, decidiram se aproximar pelo método mais chato que tem: tentando te definir.

Porque qualquer pessoa esclarecida sabe que apenas conhecemos alguém quando convivemos com essa pessoa, e que sabemos que valores ela tem ou que tipo de pessoa ela pode ser, observando. E não com o que eu, no caso, poderia resumir sobre mim.

Ah, e um pouco de criatividade seria muito bom porque eu já sei que 'aparento' ser desconfiada, e que alguns acham que falo pouco sobre minha vida (somente para eles). Eu ouço isso tudo, um bilhão, setecentos e vinte e cinco milhões, quatrocentas e trinta e oito mil, seiscentas e vinte e nove vezes por dia e ainda dou risada porque eu sou uma profunda conhecedora dos meus defeitos e uma completa ignorante no que se refere às minhas reais qualidades, como todo ser humano deveria sê-lo.

Agora contem-me algo sobre mim que eu não saiba.

sábado, 19 de julho de 2008

Ad Absurdum

Como as pessoas são contraditórias, fico impressionada. Ando até usando isso como método pra sacar os outros. Por isso aquela minha teoria de que devemos desconfiar de pessoas que afirmam muito alguma coisa é sempre útil. Hoje em dia, pra decifrar o que as pessoas querem realmente dizer numa época onde a comunicação clara é tão difícil, se faz necessário o uso de técnicas específicas. Entre elas a mais eficaz é a 'entendendo ao contrário'. Sempre dá certo!

Se fulano diz que não gosta de incomodar, pode esperar que mais dia menos dia ele te procura pra azucrinar. Se mulher diz que tá bem sozinha e não pensa em homem no momento, você logo decifra que ela tá é desesperada, deixando Santo Antônio de ponta cabeça até arranjar um bofe. Aqueles que dizem odiar opinar na vida dos outros são os mesmos que em seguida vão palpitar até sobre a cor das suas meias. Gordinhos nunca sentem fome, pelo menos é o que dizem, mas tão sempre mastigando. Bêbados, sempre sóbrios..."tô bem, tô bem". E claro, aqueles que dizem saber muito são os que menos sabem.

Não é possível isso (aliás é, olha aí mais uma contradição). Que será que ocorre? Deve ser um mecanismo de auto-compensação ou coisa do gênero. Do tipo, "Não sou assim ainda, mas gostaria de ser. Por isso minto". Nossa tarefa então, é aprender a entender corretamente as mensagens afim de evitar os atritos e principalmente a revolta. Porque na verdade a culpa é tua, você que não sabe entender o que querem dizer.



By the way... eu sou uma pessoa que vivo falando dos meus defeitos pros outros, então, segundo a regra, devo ser uma pessoa de mútiplas virtudes. Hihihi...

domingo, 6 de julho de 2008

Onipresente

Mas que caceta! Todo canal que ligo, toda revista que abro, todo site que leio, lá está ela; Ivete Sangalo. É uma overdose!
Será que ninguém enjoa dessa baiana?

terça-feira, 27 de maio de 2008

Meu sobrenome é confusão, muito prazer!

Passei o feriado inteiro praticamente de cama e ainda tô cansada. Se meu pique baixar mais chega ao inferno. Só que com isso acabei não fazendo o que deveria e sinto que mais uma vez não produzi nada durante meu tempo livre. É uma sensação fantástica, mas amanhã eu estarei perdendo chumaços de cabelo lembrando das coisas que eu já deveria ter feito.

Também tô chateada com algumas coisas e uma delas é essa indisciplina que me assola diariamente. De uns tempos pra cá me tornei assim: desorganizada e indisciplinada. O que é muito frustrante pra mim pois quando eu começo a lembrar de coisas que perdi por conta disso bate um desespero básico...

Eu odeio qualquer tipo de pressão e valorizo muito minha liberdade de escolha, mas é aquela coisa; uma pessoa que sempre faz o que quer tende a se perder dentro de sua infinita liberdade. Chega uma hora que você começa a perceber que está andando em circulos igual a uma idiota. Só que eu tenho limites, sou muito responsável e sempre faço o que tenho que fazer. Mas faço como e quando eu quero (geralmente em cima da hora), e tenho, ou melhor, tinha, sérios problemas para receber ordens ou obedecer alguém, coisa que ando sentindo falta por mais estranho que possa parecer pra uma pessoa que nunca deixou que ninguém a controlasse. Nesse momento eu preciso que alguém tente mandar em mim!

Eu gosto de ordem, mas isso só tem funcionado na minha cabeça, já na prática a coisa trava. O que é muito estranho, porque eu sou virginiana. A única que conheço que não consegue manter as gavetas, o quarto e tampouco a cama organizada. Eu sou, ou me tornei, aquele tipo de pessoa que vive correndo porque não sabe administrar o tempo, que tem problemas pra seguir rotinas e respeitar prazos, e que se atrasa porque não acha nada na bagunça que cria.

E nos estudos? Só pra ter uma noção passou quase um semestre inteiro da faculdade e eu ainda não comprei um caderno. Eu escrevo as matérias em folhas soltas, quando escrevo, que depois desaparecem. Esses dias me surpreendi quando fui vestir uma calça e achei uma matéria de aula dobrada no bolso do jeans. Isso tudo anda me irritando muito, porque eu tenho plena confiança na minha capacidade,nos meus talentos, mas esse lado rebelde atrapalha tudo. Hoje em dia por exemplo, eu poderia estar formada se não tivesse abandonado duas faculdades antes do 1º semestre, poderia ter feito outros cursos, poderia ter me dedicado a um único caminho e estar tranqüila nele. Só que eu sei lá por que caralhos eu sinto um comichão que me faz iniciar uma porrada de coisas mas não finalizá-las.

Claro que tem a parte positiva, como tudo na vida. Porque por exemplo não há nada mais chato do que uma pessoa com mania de organização e eu também aprecio esse meu lado impulsivo, que me impede de levar adiante uma situação que já não me estimula mais apenas por conveniência ou medo de mudar.Só que não dá pra deixar de se sentir frustrado quando parece que você está sempre começando do zero.

Mas eu ainda espero que isso seja uma fase que passa e que com uma vida mais regrada e menos problemas pra pensar, eu passe a me organizar. Porque ultimamente minha vida é o pico da imprevisibilidade. Não dá pra fazer muitos planos, e muitas coisas ficaram por fazer por conta disso.

E por isso tudo eu tô sentindo necessidade de re-aprender a me disciplinar, a abrir mão de parte da minha liberdade em função de obedecer regras e chegar a algum lugar. É um comprometimento, na verdade, do tipo, agora ou nunca.

sábado, 10 de maio de 2008

No limite

Engraçado, minha vida é sempre aquela coisa: turbilhão de acontecimentos X marasmo.
O ano passado foi quase insignificante, aquele ano em que você espera, espera, espera e nada. Tirando alguns eventos e pessoas que marcaram foi um ano de uma nulidade de dar inveja ao Aerotrem do Levy Fidelix. Já esse o que não falta é coisa pra fazer e decidir.

Mas ter uma vida 'preenchida' tem lá seu preço. Trabalhar, estudar e precisar resolver tudo na rua, por exemplo, pode te levar a ter traumas de aglomerados de pessoas. Eu, por exemplo, fujo de lugares cheios. Essa porra tem gente demais! E no horário de pico? é como se juntasse a Índia e o Marrocos prum lanchinho de fim de tarde. Tem trânsito em tudo quanto é canto. O transporte público é abarrotado; é fila pra passar a catraca, fila pra entrar no metrô, pra sair, fila pra entrar na escada rolante, fila pra comer, fila pra usar o banheiro, trânsito a pé, trânsito na praça de alimentação. PUTAQUEOPARIU! Esses dias andei pensando seriamente em me mudar pro interior.

E nesse caos de gente você se depara com o que há de melhor no 'serumano', onde a competição pra ver quem sai na frente, quem leva a melhor, quem chega primeiro, vai ao limite da má-educação. A começar pelo metrô esturricado de gente, na hora de entrar é aquela coisa: empurra, soca, maceta, encoxa, a galera achando tudo muito engraçado e eu achando tudo muito idiota. Daí você tem que lutar com o horário, os atrasos do metrô, do ônibus, tem de desviar de todas as milhares de pessoas andando meio desencontradas igual a você. Na hora de almoçar você não acha mesa, fica parado na escada esperando o povo até que neguinho sem senso de direção dá uma cotovelada espetacular no seu suco que voa degraus abaixo numa cena cinematográfica à la Matrix e não contente uma mulher da mesa ao teu lado passa pelo mesmo, mas o suco, dessa vez voa no teu pé. Na hora de voltar é a mesma coisa, o caos, toda aquela loucura e vai pra faculdade, mais ruas, metrô e ônibus lotados. Ahhhhhhhh!!

Parece que toda a sua vida se resume a essa rotina e tudo o que você mais quer é tirar os telefones do gancho e dormir, mas dormir mesmo, porque por mais que na sua folga você tenha um dia agradabilíssimo, não dá pra tirar o Big Ben da cabeça, sabendo que daqui a pouco começa tuuudo de novo.

O bom de tudo isso é que quando você não tem muito tempo ocioso, sua cabeça trabalha mais produtivamente, é bem mais fácil se organizar. E nessa mudança de tendências eu cheguei a algumas conclusões.

É como prega a sabedoria popular: CABEÇA VAZIA, CASA DO DIABO.
No ano passado tudo o que fiz foi criar fantasmas pra me atormentar. Com tanta falta do que fazer eu só vivia pensando merda e me consumindo em ansiedade, e ainda por cima, dava importância demais a pseudos relacionamentos. Aquelas coisas de gente maluca que não dorme à noite e sente descargas surreais de adrenalina cada vez que o celular toca. Coisas que passaram assim que eu comecei a trabalhar e não tinha tempo algum pra me preocupar com qualquer coisa que não fosse o trampo, o horário, o metrô lotado e o restante de minhas responsabilidades. Daí eu cheguei à conclusão de que muitas paixonites agudas (não todas, claro) são de fato, falta do que fazer na vida.

E por fim, percebi que a gente pode se adaptar a qualquer coisa, desde que exista vontade pra isso (porque por exemplo não existe vontade alguma da minha parte em me adaptar ao local onde moro, anyway...)
Eu me adaptei à situações que achava que não daria conta de aturar, eu aprendi rápido coisas chatíssimas e cansativas, eu consegui seguir uma rotina mesmo que na marra, e finalmente não me desesperei(tanto) em ter de esperar pra ver as coisas melhorarem.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Fases são fases

Incrível como a vida da gente pode virar do avesso assim, do nada, de uma hora pra outra.

Fases são fases. A gente sempre tem que passar por algumas e não adianta reclamar, esbravejar, xingar, chorar e nem apelar para a reza (eu faço tudo isso), porque enquanto a maré não baixar e isso tem um tempo, a coisa não melhora.
O ruim é que em períodos assim tudo fica em stand by: A vida social, os relacionamentos, os estudos, os planos e por aí vai. Haja saco pra ficar explicando o porquê dos porquês de tudo para todos, até porque em épocas assim nós nos tornamos egocêntricos e só queremos remoer nossos problemas.

A questão central dessa fase é o ritmo doido das mudanças que ocorreram e que continuam ocorrendo, e que inevitavelmente afetam toda a minha vida.
Eu já mudei de residência duas vezes somente neste ano após um período já conturbado no antigo lar, e se tudo der certo eu me mudo em breve novamente. Só mudar de casa já é um saco, a não ser que a mudança represente uma guinada na vida (abafa o caso). Você desconstrói sua vida, revira tudo, acha coisas que nem sabia que existiam, perde coisas, lembra-se de muitos momentos e depois tem de se adaptar pra fazer tudo denovo.
Parece que as coisas não vão se organizar nunca, e aí a gente aprende que é sempre mais fácil detonar do que organizar algo.

Daí você muda. Hora mora com pessoas estranhas, com hábitos estranhos, hora muda-se para uma casa estranha, junto da sua família estranha, num bairro estranho e percebe que na verdade o estranho é você. Sem contar a questão nada prática dos seus pertences."Onde está tudo?", "Cadê a minha blusa verde?", "Quem foi o viado que quebrou os meus cds?", "Não acho nada na porra desse quarto", "Não xinga a merda da casa!".

É uma verdadeira grande bosta que independente da sua birra, só melhora com o tempo ou a partir do momento que você passa a aceitar. Pois não é apenas uma mudança de cenário, é acima de tudo uma mudança de estilo de vida, que reflete até nas suas creanças e valores. E deixando a hipocrisia de lado, ninguém fica contente em perder em qualquer aspecto.

O bom é que fases sempre passam.

domingo, 20 de abril de 2008

A Sociedade do espetáculo

Situação delicada.
Não sabemos se, felizmente, as pessoas ainda não estão imunes a qualquer tragédia que aconteça, ou se o que está movendo todo esse povo a acompanhar o caso da menina de maneira tão passional, é uma curiosidade macabra do espectador, ávido por mais um capitulo da novela da decadência humana exibida incansavelmente pela mídia. Prefiro acreditar na primeira opção.

Pois não se admite, mas o ser humano arrasado, acuado, doente, ridicularizado, louco ou ferido é uma atração e tanto.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Maria do bairro

Sobre amanhã eu não sei absolutamente nada.
Não sei pra onde vão minhas coisas, não sei onde vou estar a partir das 10h00, não sei o que vou vestir. Não sei se vou escutar música ou se vou ter que passar o dia cantando sozinha mesmo. Não sei se vou melhorar da minha gripe de insatisfação e me livrar da cara de sapo. Não sei se vou agradecer ou lamentar. Sobre amanhã eu apenas sei que minha vida e meu lifestyle irão mudar.
Como diria Calvin...
"Nada ajuda um mau humor como espalhá-lo"

Não se reprima, não se reprima...

Eu não entendo uma certa contradição presente no que as pessoas costumam dizer. Todos falam que uma pessoa verdadeira, transparente, é admirável e acima de tudo confiável. Mas as mesmas pessoas que afirmam isto já devem ter recriminado alguém por ter sido verdadeiro num momento indevido (como se tivesse momento certo pra expressar o que sente). Ainda mais se a verdade da pessoa não é algo assim...tão agradável de se escutar.

Então o esquema é o seguinte; seja verdadeiro com seus bons sentimentos e pensamentos e reprima aqueles que incomodam.

Oras; o descontentamento, a decepção, a irritação, é natural e nada feio. Faz parte da vida, pô!


Eu sou transparente e não subestimo ninguém. Eu não guardo mágoas, eu falo!

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

OM MANI PADME HUM



Um mantra pra afastar a zica e dar um UP na minha semana.

Momento Cinthia de reflexão

Esse negócio de ser exageradamente low-profile é uma maneira muito eficaz de se auto-limitar. Até quando é saudável não se mostrar, não se revelar? Até onde se proteger implica em não viver? Qual seria a distância necessária entre você e o outro?

Se você não mostra as pessoas não vêem, se não diz, elas não sabem. Observar é necessário, tanto quanto participar.



"When will you do what you say you’ll do?
How could you really do it?
Will you keep on running?
Baby settle down
Will you keep on running?
You’ll lose your heart"

*Keep on Running - Cat Power

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Relacionamentos...insalubres?

Essa semana estive conversando...reclamando na verdade, com amigas, sobre relacionamentos entre outras coisas. Não gosto muito de falar, nem escrever sobre isso, mas é o que estou pensando. Então trocamos experiências em comum e questionamos se não éramos intolerantes. Mas acho que não...

Percebo que em certas áreas da vida não adianta tentar achar uma saída racional, principalmente nos relacionamentos, pois lidamos com pessoas e sentimentos e aí meu nego, é tentar a sorte. Mas não sei se devo 'tolerar' ainda mais. Pois eu sei lidar com defeitos, com erros, não exijo mais do que podem me oferecer, mas se dão pouco a culpa também não é minha. Não sou de aceitar qualquer coisa e por quê teria de aceitar pouco? Não sou pouca coisa!

Estou escrevendo pois tenho visto certas atitudes que reforçam ainda mais minhas crenças. Por exemplo: as pessoas sentem-se sozinhas e reclamam disso o tempo todo, mas insistem em jogar com os outros. Seja quando fingem que não dão a mínima para alguém que gostam, quando querem fazer parte da vida de alguém, mas estão sempre longe, ocupados, pensando em outras coisas ou pessoas, quando mantêm 'reservas' por perto só por segurança ou apenas pra satisfazer o ego, enrolando e iludindo pessoas que nutrem expectativas em relação à essas pessoas, ou ainda, quando fazem promessas vazias ou declarações que não são verdadeiras apenas por desespero.
Não seria melhor um pouco de cautela ao lidar com sentimentos alheios?

As pessoas enganam, iludem, se contradizem e projetam nos outros suas frustrações. Podem reparar; aqueles que mais reclamam dos outros são os que têm menos consideração com os parceiros.

Conheci um cara há um tempo que a todo momento afirmava que era SEMPRE sincero (sempre desconfiei de pessoas que afirmam muito uma coisa, parece que estão tentando convencer a si mesmas, e também acho um tanto difícil ser sempre sincero). Bom, no final das contas percebi que tudo o que ele fez desde o dia em que nos conhecemos até o dia em que perdemos contato foi justamente mentir. E é uma pessoa que teve bons relacionamentos, nada traumático como ser abandonado, chifrado e etc... mas só reclamava.

Portanto é isso. Já joguei, confesso. Mas não valeu a pena e aprendi a lição. Só que nunca joguei com quem gostei de verdade. E não acho que eu deva ser ainda mais tolerante. Modéstia à parte, me considero uma pessoa muito interessante, ainda por cima com um design slim (Dê, usei sua teoria do celular multi-uso, rsrs), e espero sim tratamento especial, e claro, sei retribuir à altura.

Eu não sou uma pessoa super fácil de se lidar. Eu falo o que quero, sumo, tenho dificuldade em expressar meus sentimentos, não sou muito convencional e às vezes sou narcisista, enfim...detalhes. Mas acima de tudo sou honesta e o mínimo que espero das pessoas em geral é honestidade e ponto. Atitude é legal também!



...feliz é meu gato, que é virgem!
(o animal)
É um desafio introjetar aquele ditado que diz que nem sempre aquilo que desejamos é o melhor pra nós. Estou aqui batendo a cabeça, porque tá na hora de aceitar essa realidade.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008




...às vezes.

Superestimados:

Chocolate, Juliana Paes, Reinaldo Gianechinni, carnaval, Cansei De Ser Sexy. Essa última aliás, alguém me explique.
...Don't believe the hype!

sábado, 26 de janeiro de 2008

Orkut, privacidade, leis e etc...

O orkut já deixou de ser novidade faz tempo, já passou por diversas modificações, mas continua sendo alvo de polêmicas quanto à privacidade devido ao aumento de crimes cometidos na rede entre outras encheções de saco.

Nesses...sei lá...4 anos de uso, já invadiram meu perfil, já mandaram recados em meu nome, já me colocaram em comunidades digamos assim...impróprias, já me mandaram diversos vírus e também já vi minha vida acompanhada feito novela por alguns usuários. Isso sem contar quando você é vítima da inveja alheia, ou de algum stalker sem noção, todos protegidos pelo anonimato. Enfim, decidimos nos expor e pagamos um preço.

Eu já excluí uma conta e recentemente pensei em fazê-lo novamente, mas eu resisto pois também vejo vantagens como usuária; como a facilidade de comunicação e interação com várias pessoas, onde eu posso expor um pouco sobre mim e revelar meu lado exibicionista que as pessoas que conheço jamais imaginariam que tenho, entre outras coisas. E não sei bem se sou a favor de uma legislação específica e rigorosa para o orkut, a ponto de se tornar um 'grande irmão' controlando todas as informações dos usuários.

Mããs navegar na web sem bote salva-vidas anda cada vez mais complicado...
Como se não bastasse a pornografia, os vírus, os spams e aquelas insuportáveis mensagens animadas, ou scraps em massa, o fato de você ter um perfil público com algumas informações básicas suas, dá a liberdade (assim eles pensam) para algumas pessoas se aproximarem pela desculpa de ter algo em comum com você. O que muitas vezes é algo despretensioso, uma forma de conhecer gente nova e fazer amigos. Até aí nada mal, muito pelo contrário. Mas algumas pessoas escolhem te azucrinar sem nenhum motivo aparente (aquela velha história: 'Oi, eu respiro, posso te add?')e daí começa a encheção pois a partir disso já se consideram seu amigo íntimo, ou então, passam da simples chatice para algo mais sério, como a difamação.

Acho que a internet, o orkut, é uma extensão da vida real, portanto é natural fazer amizades, se aproximar de gente com gosto em comum, enfim... E muitas vezes você pode realmente conhecer pessoas que valem a pena. Mas o perigo é que numa comunidade virtual, por exemplo, você não tem um contato real e sua impressão pessoal se faz através de informações que a pessoa te dá. E aí, essas informações podem ser reais, irreais e muitas vezes surreais, como vemos pelo mundão véio sem porteira do orkut.

Num mundo virtual, as pessoas podem realizar aquele velho desejo conhecido de se reinventar. Tornar-se alguém mais interessante, mais bonito, mais inteligente e por aí vai. A questão não é que na internet você encontra mais pessoas maus-caráteres. Você simplesmente encontra mais pessoas, mais rapidamente. E como pessoas são pessoas em qualquer ambiente, e o anonimato do mundo virtual facilita golpes, fraudes, difamações e afins, cautela nunca é exagero.

Aliás, existe um polêmico projeto de lei em discussão no Senado, do deputado Eduardo Azeredo (PSDB de MG), para reprimir crimes no meio virtual. Que sugere entre outras medidas, um cadastro a todos os usuários da internet, uma certificação digital, justamente para evitar o anonimato na rede. Não sei bem, tenho meus questionamentos sobre esse tipo de medida.

Além desse projeto de lei do senador que quer que todos se identifiquem na internet, mandando documentos e o escambau, agora a Policia Federal tem acesso privilegiado ao orkut, isso mesmo! Eles podem rastrear IPs, tirar comunidades do ar, enfim, verificar pessoas sem qualquer autorização judicial, fácil assim, e não se esqueçam que policiais estão naquela categoria de 'pessoas', com boas ou más intenções.

Não sei bem o que pensar sobre essa questão privacidade x crimes na rede. Sabemos que as leis vigentes são aplicáveis aos crimes cometidos no meio virtual, mas como não são leis específicas, talvez fique complicado autuar um crime exclusivo da internet, como por exemplo tirar um sistema do ar, como o de um banco, por meio de um vírus.
É um assunto polêmico, que dá muito pano pra manga...

re-editei

(...) Os prazeres do amor são males que se fazem desejar, onde coincidem a doçura e o martírio, e o amor é involuntária insânia, paraíso infernal e inferno celeste - em resumo, concórdia de ambicionados contrários, riso doloroso e friável diamante.

Umberto Eco, in “A Ilha do Dia Antes"

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Semaninha PUNK

Tô no limite! Os dias têm sido surpreendentes e eu já não tenho saco pra tantas notícias e novidades. Já não sei mais o que esperar das pessoas que convivo. Já não consigo conceber para onde estou indo. Me desgastei e preciso voltar ao normal para começar tudo de novo, lidar com o novo. Não agüento mais pressão nenhuma, nem cobrancas, somente um tipo de cobrança eu gostaria de ter nesse momento, de uma pessoa, mas essa não cobra, não fala nada. Ô santo!
Por isso estou agitada, me chateando com facilidade, me fazendo de vítima, bancando a chatinha mesmo. Tô muito feliz assim, implicando com tudo, eu mereço!
(momento: educação pra quê?)

...e eu odeio falar sobre minha vida, mas estou aqui fazendo isso neste exato momento,de repente amanhã eu excluo esse post, porque a vida é minha e eu faço o que quero. Hihihi


By the Way...Parabéns São Paulo, 454 anos!

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Desconcertada

Há uns 3 anos , mais ou menos, eu detonei minha voz de maneira espetacular. Eu participei de uma peça e também cantava, coisa de amadora, claro! Não tinha o mínimo cuidado com a voz, não tive prática de técnica vocal e ainda por cima tenho rinite e desvio de septo (que dificultavam a respiração e conseqüentemente a impostação da voz) enfim...
Daí num belo dia minha voz foi pro beleléu, devido a esses problemas que eu citei acima. Ficou muito rouca e baixa, não aquela voz rouca e sexy estilo Patti Smith, ficou algo mais pra...Carlos Vereza. Tive uma disfonia e precisei fazer tratamento fonoaudiológico, mas mesmo resolvido o problema, minha voz permaneceu definitivamente rouca.
Anteriormente, também precisei fazer fono porque eu respirava pela boca (é que essa minha parte entre o nariz e a boca é curta, o que me dá esse aspecto bicudo, super charmoso) então eu tinha que entre outras coisas tontas, dormir com uma hóstia grudada na boca pra ela fechar e eu respirar pelo nariz. O que não adiantou muito.
E eu me lembrei de tudo isso agora porque meu médico me aconselhou a fazer tratamento fonoaudiológico novamente, por um motivo muito besta. Ho ho ho, té parece!


RE- ALOCANDO CAPITAL


Nessa brincadeira toda, eu gastava em média R$250,00 reais por mês. Só para sentar numa cadeira e ficar fazendo Brrrr, Prrrrrr, Trrrrrrr, ou na melhor das hipóteses, careta prum espelho. Tudo isso eu poderia ter aprendido em uma única sessão, mas pelo menos um ano eu gastei lá (sem contar a outra vez). Com o gasto desse um ano de tratamento, eu poderia ter comprado um Note Book, ou ter feito uma super viagem, ou sei lá mais o quê.
O mesmo ocorre com psicólogas em geral. Já me aventurei por essas bandas também, só que por um período curtíssimo. Pode ser paranóia minha, mas acho uma enganação. A última que visitei só me elogiava; "Você tá agindo certo, pensando certo...tá tudo bem, você é segura, blá, blá, blá... ". Eu saia de lá quase flutuando de tão inflado que meu ego ficava. Outra vez entrou numas nóias de falar quase uma sessão inteira sobre meu gato (é, o felino)...Ah vá!
Realmente pode funcionar para algumas pessoas, mas pra mim, na buena, é total perda de tempo, poderia ter aproveitado melhor esse gasto com divertimento, o que certamente faria muito melhor pro meu espírito.

Devo dizer que foi uma maneira bastante explícita de ver meu(?) dinheiro voar de minhas mãos sem nenhum retorno assim...espetacular.


Aliás, quem precisa de psicanalista quando pode-se ter um blog?

sábado, 12 de janeiro de 2008

"(...)Ajudamos a construir 27 escolas, dois hospitais e uma dúzia de clínicas médicas, além de várias pontes sobre rios turbulentos. Construímos diversos campos de aviação. Reconstruímos mosteiros e centros culturais. Plantamos 1 milhão de mudas no Parque Nacional Sagarmatha para substituir o número imenso de árvores que foram destruídas e transformadas em lenha ou usadas na construção de pequenos hotéis que apareceram com o crescimento do turismo."

Edmund Hillary, o primeiro alpinista a escalar o Everest, que faleceu nesta quinta-feira, dia 10/01/08, em entrevista à "Natinal Geographic".

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

I want my life back!

Eu sei que sou livre pra fazer o que bem entendo da minha vida, mas às vezes sinto que todos os meus vínculos e responsabilidades têm tomado parte da minha própria personalidade.
Ultimamente eu não sei nem mesmo precisar o que eu queria estar fazendo nesse momento e quais eram minhas prioridades. Eu gosto de movimento e sou curiosa, mas as responsabilidades que tive de assumir e as situações que enfrentei no ano passado, tomaram minha energia e conseqüentemente minha inspiração, e agora, ao contrário de todo o mundo, que adquire um gás absurdo nesse início de ano, estou em stand by, cansada e entediada, só esperando os acontecimentos pra ver o que faço depois. Até porque eu nem sei o que esperar dos próximos 3 meses. E acho que se eu não tivesse deixado algumas coisas e pessoas de lado recentemente para me dedicar ao ócio, minha sanidade mental já teria me abandonado há meses atrás. Então, além de tudo, tenho que ouvir cobranças de pessoas que acham que eu existo para pensar em soluções para seus problemas (vampirinhos de estimação), o que é uma merda do tamanho do Pão-de-Açúcar o fato de que ninguém faz nada sem antes perguntar minha opnião (e muitas vezes eu não tenho opinião alguma), mesmo percebendo que estou de cabeça cheia. Daí quando eu perco a paciência de vez e tenho um surto nervoso, sou obrigada a agüentar todo mundo me olhando com aquela cara de cu de borboleta o dia inteiro.
Eu não estou sendo exagerada, às vezes eu sou convencida, é fato, mas no que se refere a esta situação eu realmente ando me sentindo extremamente incomodada.
Isso tudo me faz sentir saudades de épocas onde eu levava uma vida mais agitada, mais arriscada até. Era mais independente, apesar de bem nova, mas me sentia muito segura. E quando eu me sentia assim, já planejava alguma mudança estratégica, abandonava o barco sem remorso, mas agora eu simplesmente não posso fazer o mesmo.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Aguinaldo Silva fala do sucesso de ibope da novela "Duas Caras":


“Vocês sabem que eu adoro números. Ainda mais aqueles que saem dos fornos do Ibope como se fossem pães de queijo quentes e fofinhos. Esta semana, pelo menos pra mim, até agora as fornadas foram especialmente deliciosas. Senão vejamos: segunda-feira, DUAS CARAS 42, os outros canais juntos 24; terça, DUAS CARAS 42, os outros canais juntos 25; quarta, DUAS CARAS 43, os outros canais juntos 26; quarta, DUAS CARAS 45, os outros canais juntos 24. Haja pão de queijo, né não? Estou engordando! Mas há quem diga aqui e alhures, como se fosse um zumbi que conseguisse andar apenas de costas, que a nossa novela é um fracasso. Eu leio tamanhas sandices, caio na risada e trato de dançar um mambo.”

Fama pode basear-se em números, 'sucesso' eu não diria...

...porque aquelas historinhas pra-boi-dormir que ele escreve só não perdem para as tramas 'realistas' do Manoel Carlos.