terça-feira, 22 de abril de 2008

Fases são fases

Incrível como a vida da gente pode virar do avesso assim, do nada, de uma hora pra outra.

Fases são fases. A gente sempre tem que passar por algumas e não adianta reclamar, esbravejar, xingar, chorar e nem apelar para a reza (eu faço tudo isso), porque enquanto a maré não baixar e isso tem um tempo, a coisa não melhora.
O ruim é que em períodos assim tudo fica em stand by: A vida social, os relacionamentos, os estudos, os planos e por aí vai. Haja saco pra ficar explicando o porquê dos porquês de tudo para todos, até porque em épocas assim nós nos tornamos egocêntricos e só queremos remoer nossos problemas.

A questão central dessa fase é o ritmo doido das mudanças que ocorreram e que continuam ocorrendo, e que inevitavelmente afetam toda a minha vida.
Eu já mudei de residência duas vezes somente neste ano após um período já conturbado no antigo lar, e se tudo der certo eu me mudo em breve novamente. Só mudar de casa já é um saco, a não ser que a mudança represente uma guinada na vida (abafa o caso). Você desconstrói sua vida, revira tudo, acha coisas que nem sabia que existiam, perde coisas, lembra-se de muitos momentos e depois tem de se adaptar pra fazer tudo denovo.
Parece que as coisas não vão se organizar nunca, e aí a gente aprende que é sempre mais fácil detonar do que organizar algo.

Daí você muda. Hora mora com pessoas estranhas, com hábitos estranhos, hora muda-se para uma casa estranha, junto da sua família estranha, num bairro estranho e percebe que na verdade o estranho é você. Sem contar a questão nada prática dos seus pertences."Onde está tudo?", "Cadê a minha blusa verde?", "Quem foi o viado que quebrou os meus cds?", "Não acho nada na porra desse quarto", "Não xinga a merda da casa!".

É uma verdadeira grande bosta que independente da sua birra, só melhora com o tempo ou a partir do momento que você passa a aceitar. Pois não é apenas uma mudança de cenário, é acima de tudo uma mudança de estilo de vida, que reflete até nas suas creanças e valores. E deixando a hipocrisia de lado, ninguém fica contente em perder em qualquer aspecto.

O bom é que fases sempre passam.

domingo, 20 de abril de 2008

A Sociedade do espetáculo

Situação delicada.
Não sabemos se, felizmente, as pessoas ainda não estão imunes a qualquer tragédia que aconteça, ou se o que está movendo todo esse povo a acompanhar o caso da menina de maneira tão passional, é uma curiosidade macabra do espectador, ávido por mais um capitulo da novela da decadência humana exibida incansavelmente pela mídia. Prefiro acreditar na primeira opção.

Pois não se admite, mas o ser humano arrasado, acuado, doente, ridicularizado, louco ou ferido é uma atração e tanto.