quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Só radicalizando mesmo...

Já ouviram aquele papo de que as pessoas se aproximam de pessoas parecidas com elas? Que atraem pessoas com gostos e pontos de vista semelhantes? Pois então, isso, na minha opnião ocorre porque há uma identificação, geralmente imediata. É aquela história: gente interessante reconhece quem é interessante assim como asnos farejam asnos a quilômetros de distância. Aliás, gente esperta também fareja asnos e procura manter uma distância saudável deles.

E essa identificação ocorre por várias características . Tem todo aquele lance do visual: a gente repara em como a pessoa se veste, o cabelo, a aparência em geral e isso dá muitas pistas porque sabemos que pensamento e estética estão intimamente ligados. Mas identificamos as pessoas em comum principalmente pelo exercício da observação.

Eu sou extremamente observadora, reparo em mínimos detalhes que geralmente me revelam muito sobre as pessoas. Não sei se todo mundo percebe, mas o jeito de andar, de se vestir, o modo de olhar, a voz, as expressões faciais e especialmente o que chama a atenção das pessoas, são detalhes que revelam muito sobre como elas são. E isso é muito explícito. Pode reparar na expressão do rosto de um cara idiota; é sempre a mesma cara de paisagem. Prestem atenção também no timbre de voz de uma mulher fútil; muito revelador!

Por isso que, para uma pessoa que quer ser considerada inteligente, antes de tudo eu a aconselharia a aprender a obter respostas por si mesma. Sem explicações racionais.
Na minha humilde opinião, a maior expressão de inteligência de uma pessoa está nisso: a capacidade de ver além do óbvio. Não precisa enrolar, usar palavras difíceis, querer pagar de culto principalmente quando esses valores não lhes interessam de verdade. Claro que erudição impressiona e tem muito valor, mas apenas quando o interesse é real e não apenas para provar qualquer coisa a qualquer pessoa. E usar linguagem rebuscada numa conversa informal ou pra contar coisas do dia-a-dia é coisa de gente idiota, não inteligente. Verborragia nunca foi inteligência!

E eu estou escrevendo tudo isso porque algumas pessoas ultimamente decidiram me pedir explicações sobre que tipo de pessoa eu sou (?), achando que eu perderia meu tempo dando alguma resposta pronta. Pessoas que querem provar que são especiais e inteligentes e por não saberem ser apenas naturais e simpáticas, decidiram se aproximar pelo método mais chato que tem: tentando te definir.

Porque qualquer pessoa esclarecida sabe que apenas conhecemos alguém quando convivemos com essa pessoa, e que sabemos que valores ela tem ou que tipo de pessoa ela pode ser, observando. E não com o que eu, no caso, poderia resumir sobre mim.

Ah, e um pouco de criatividade seria muito bom porque eu já sei que 'aparento' ser desconfiada, e que alguns acham que falo pouco sobre minha vida (somente para eles). Eu ouço isso tudo, um bilhão, setecentos e vinte e cinco milhões, quatrocentas e trinta e oito mil, seiscentas e vinte e nove vezes por dia e ainda dou risada porque eu sou uma profunda conhecedora dos meus defeitos e uma completa ignorante no que se refere às minhas reais qualidades, como todo ser humano deveria sê-lo.

Agora contem-me algo sobre mim que eu não saiba.