Essa pessoa só me alertou de duas coisas básicas e clássicas: "a vida (@Deus) sabe o que faz" e "existe vida lá fora". São alertas tão simples, tão básicos e tão esquecidos. Esqueci que na verdade tudo tem um jeito quando a gente não se enfia cheia de vontades engessadas no meio do rolê. E que existe sim vida lá fora, urgindo, independente de nos vermos presos e menosprezados pelo mundo que habitamos.
Mas são pequenas pausas, momentos curtos e nada solenes que ocorrem em que se a gente se sente amparado e absolvido do peso de toda essa intensidade. Pausas para permitir, por um pequeno tempo, sentir que tem o direito de não se culpar por se revoltar, se chocar e expor o que se passa interiormente. Afinal, nem só de emulação e controle é feita a vida.
Lembro que minha primeira chefe sempre me alertava para o perigo da honestidade dos sentimentos e que por mais que ela admirasse essa característica, me alertou para ter cuidado, porque as pessoas não estão acostumadas a aceitar a franqueza se elas não obrigadas e que a bajulação, por outro lado, não é algo que precisa ser digerido e consequentemente encurta o 'trabalho' que alguém poderia ter em compreender as motivações de alguém. Eu sei que ela tem razão.
Eu muitas vezes pareço uma eterna estrangeira. Para mim é muito natural falar sobre o que sinto, da maneira como sinto. Pra mim também é muito mais natural dar atenção a quem confio, é próximo, é amigo. Eu acho que tenho de tratar com educação e entusiamo quem me respeita, e não apenas os seres superiores, os poderosos, os mais altos na cadeia hierárquica. Eu penso que se você bajula, você menospreza a inteligência de alguém. Eu acho que só conquisto com o que tenho para oferecer de verdade. Não com uma ilusão, que, né?... sempre se desfaz e tal.
Que bom encontrar pessoas cheias de defeitos expostos. Que bom que elas existem!
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