Passei o feriado inteiro praticamente de cama e ainda tô cansada. Se meu pique baixar mais chega ao inferno. Só que com isso acabei não fazendo o que deveria e sinto que mais uma vez não produzi nada durante meu tempo livre. É uma sensação fantástica, mas amanhã eu estarei perdendo chumaços de cabelo lembrando das coisas que eu já deveria ter feito.
Também tô chateada com algumas coisas e uma delas é essa indisciplina que me assola diariamente. De uns tempos pra cá me tornei assim: desorganizada e indisciplinada. O que é muito frustrante pra mim pois quando eu começo a lembrar de coisas que perdi por conta disso bate um desespero básico...
Eu odeio qualquer tipo de pressão e valorizo muito minha liberdade de escolha, mas é aquela coisa; uma pessoa que sempre faz o que quer tende a se perder dentro de sua infinita liberdade. Chega uma hora que você começa a perceber que está andando em circulos igual a uma idiota. Só que eu tenho limites, sou muito responsável e sempre faço o que tenho que fazer. Mas faço como e quando eu quero (geralmente em cima da hora), e tenho, ou melhor, tinha, sérios problemas para receber ordens ou obedecer alguém, coisa que ando sentindo falta por mais estranho que possa parecer pra uma pessoa que nunca deixou que ninguém a controlasse. Nesse momento eu preciso que alguém tente mandar em mim!
Eu gosto de ordem, mas isso só tem funcionado na minha cabeça, já na prática a coisa trava. O que é muito estranho, porque eu sou virginiana. A única que conheço que não consegue manter as gavetas, o quarto e tampouco a cama organizada. Eu sou, ou me tornei, aquele tipo de pessoa que vive correndo porque não sabe administrar o tempo, que tem problemas pra seguir rotinas e respeitar prazos, e que se atrasa porque não acha nada na bagunça que cria.
E nos estudos? Só pra ter uma noção passou quase um semestre inteiro da faculdade e eu ainda não comprei um caderno. Eu escrevo as matérias em folhas soltas, quando escrevo, que depois desaparecem. Esses dias me surpreendi quando fui vestir uma calça e achei uma matéria de aula dobrada no bolso do jeans. Isso tudo anda me irritando muito, porque eu tenho plena confiança na minha capacidade,nos meus talentos, mas esse lado rebelde atrapalha tudo. Hoje em dia por exemplo, eu poderia estar formada se não tivesse abandonado duas faculdades antes do 1º semestre, poderia ter feito outros cursos, poderia ter me dedicado a um único caminho e estar tranqüila nele. Só que eu sei lá por que caralhos eu sinto um comichão que me faz iniciar uma porrada de coisas mas não finalizá-las.
Claro que tem a parte positiva, como tudo na vida. Porque por exemplo não há nada mais chato do que uma pessoa com mania de organização e eu também aprecio esse meu lado impulsivo, que me impede de levar adiante uma situação que já não me estimula mais apenas por conveniência ou medo de mudar.Só que não dá pra deixar de se sentir frustrado quando parece que você está sempre começando do zero.
Mas eu ainda espero que isso seja uma fase que passa e que com uma vida mais regrada e menos problemas pra pensar, eu passe a me organizar. Porque ultimamente minha vida é o pico da imprevisibilidade. Não dá pra fazer muitos planos, e muitas coisas ficaram por fazer por conta disso.
E por isso tudo eu tô sentindo necessidade de re-aprender a me disciplinar, a abrir mão de parte da minha liberdade em função de obedecer regras e chegar a algum lugar. É um comprometimento, na verdade, do tipo, agora ou nunca.
terça-feira, 27 de maio de 2008
Meu sobrenome é confusão, muito prazer!
sábado, 10 de maio de 2008
No limite
Engraçado, minha vida é sempre aquela coisa: turbilhão de acontecimentos X marasmo.
O ano passado foi quase insignificante, aquele ano em que você espera, espera, espera e nada. Tirando alguns eventos e pessoas que marcaram foi um ano de uma nulidade de dar inveja ao Aerotrem do Levy Fidelix. Já esse o que não falta é coisa pra fazer e decidir.
Mas ter uma vida 'preenchida' tem lá seu preço. Trabalhar, estudar e precisar resolver tudo na rua, por exemplo, pode te levar a ter traumas de aglomerados de pessoas. Eu, por exemplo, fujo de lugares cheios. Essa porra tem gente demais! E no horário de pico? é como se juntasse a Índia e o Marrocos prum lanchinho de fim de tarde. Tem trânsito em tudo quanto é canto. O transporte público é abarrotado; é fila pra passar a catraca, fila pra entrar no metrô, pra sair, fila pra entrar na escada rolante, fila pra comer, fila pra usar o banheiro, trânsito a pé, trânsito na praça de alimentação. PUTAQUEOPARIU! Esses dias andei pensando seriamente em me mudar pro interior.
E nesse caos de gente você se depara com o que há de melhor no 'serumano', onde a competição pra ver quem sai na frente, quem leva a melhor, quem chega primeiro, vai ao limite da má-educação. A começar pelo metrô esturricado de gente, na hora de entrar é aquela coisa: empurra, soca, maceta, encoxa, a galera achando tudo muito engraçado e eu achando tudo muito idiota. Daí você tem que lutar com o horário, os atrasos do metrô, do ônibus, tem de desviar de todas as milhares de pessoas andando meio desencontradas igual a você. Na hora de almoçar você não acha mesa, fica parado na escada esperando o povo até que neguinho sem senso de direção dá uma cotovelada espetacular no seu suco que voa degraus abaixo numa cena cinematográfica à la Matrix e não contente uma mulher da mesa ao teu lado passa pelo mesmo, mas o suco, dessa vez voa no teu pé. Na hora de voltar é a mesma coisa, o caos, toda aquela loucura e vai pra faculdade, mais ruas, metrô e ônibus lotados. Ahhhhhhhh!!
Parece que toda a sua vida se resume a essa rotina e tudo o que você mais quer é tirar os telefones do gancho e dormir, mas dormir mesmo, porque por mais que na sua folga você tenha um dia agradabilíssimo, não dá pra tirar o Big Ben da cabeça, sabendo que daqui a pouco começa tuuudo de novo.
O bom de tudo isso é que quando você não tem muito tempo ocioso, sua cabeça trabalha mais produtivamente, é bem mais fácil se organizar. E nessa mudança de tendências eu cheguei a algumas conclusões.
É como prega a sabedoria popular: CABEÇA VAZIA, CASA DO DIABO.
No ano passado tudo o que fiz foi criar fantasmas pra me atormentar. Com tanta falta do que fazer eu só vivia pensando merda e me consumindo em ansiedade, e ainda por cima, dava importância demais a pseudos relacionamentos. Aquelas coisas de gente maluca que não dorme à noite e sente descargas surreais de adrenalina cada vez que o celular toca. Coisas que passaram assim que eu comecei a trabalhar e não tinha tempo algum pra me preocupar com qualquer coisa que não fosse o trampo, o horário, o metrô lotado e o restante de minhas responsabilidades. Daí eu cheguei à conclusão de que muitas paixonites agudas (não todas, claro) são de fato, falta do que fazer na vida.
E por fim, percebi que a gente pode se adaptar a qualquer coisa, desde que exista vontade pra isso (porque por exemplo não existe vontade alguma da minha parte em me adaptar ao local onde moro, anyway...)
Eu me adaptei à situações que achava que não daria conta de aturar, eu aprendi rápido coisas chatíssimas e cansativas, eu consegui seguir uma rotina mesmo que na marra, e finalmente não me desesperei(tanto) em ter de esperar pra ver as coisas melhorarem.
O ano passado foi quase insignificante, aquele ano em que você espera, espera, espera e nada. Tirando alguns eventos e pessoas que marcaram foi um ano de uma nulidade de dar inveja ao Aerotrem do Levy Fidelix. Já esse o que não falta é coisa pra fazer e decidir.
Mas ter uma vida 'preenchida' tem lá seu preço. Trabalhar, estudar e precisar resolver tudo na rua, por exemplo, pode te levar a ter traumas de aglomerados de pessoas. Eu, por exemplo, fujo de lugares cheios. Essa porra tem gente demais! E no horário de pico? é como se juntasse a Índia e o Marrocos prum lanchinho de fim de tarde. Tem trânsito em tudo quanto é canto. O transporte público é abarrotado; é fila pra passar a catraca, fila pra entrar no metrô, pra sair, fila pra entrar na escada rolante, fila pra comer, fila pra usar o banheiro, trânsito a pé, trânsito na praça de alimentação. PUTAQUEOPARIU! Esses dias andei pensando seriamente em me mudar pro interior.
E nesse caos de gente você se depara com o que há de melhor no 'serumano', onde a competição pra ver quem sai na frente, quem leva a melhor, quem chega primeiro, vai ao limite da má-educação. A começar pelo metrô esturricado de gente, na hora de entrar é aquela coisa: empurra, soca, maceta, encoxa, a galera achando tudo muito engraçado e eu achando tudo muito idiota. Daí você tem que lutar com o horário, os atrasos do metrô, do ônibus, tem de desviar de todas as milhares de pessoas andando meio desencontradas igual a você. Na hora de almoçar você não acha mesa, fica parado na escada esperando o povo até que neguinho sem senso de direção dá uma cotovelada espetacular no seu suco que voa degraus abaixo numa cena cinematográfica à la Matrix e não contente uma mulher da mesa ao teu lado passa pelo mesmo, mas o suco, dessa vez voa no teu pé. Na hora de voltar é a mesma coisa, o caos, toda aquela loucura e vai pra faculdade, mais ruas, metrô e ônibus lotados. Ahhhhhhhh!!
Parece que toda a sua vida se resume a essa rotina e tudo o que você mais quer é tirar os telefones do gancho e dormir, mas dormir mesmo, porque por mais que na sua folga você tenha um dia agradabilíssimo, não dá pra tirar o Big Ben da cabeça, sabendo que daqui a pouco começa tuuudo de novo.
O bom de tudo isso é que quando você não tem muito tempo ocioso, sua cabeça trabalha mais produtivamente, é bem mais fácil se organizar. E nessa mudança de tendências eu cheguei a algumas conclusões.
É como prega a sabedoria popular: CABEÇA VAZIA, CASA DO DIABO.
No ano passado tudo o que fiz foi criar fantasmas pra me atormentar. Com tanta falta do que fazer eu só vivia pensando merda e me consumindo em ansiedade, e ainda por cima, dava importância demais a pseudos relacionamentos. Aquelas coisas de gente maluca que não dorme à noite e sente descargas surreais de adrenalina cada vez que o celular toca. Coisas que passaram assim que eu comecei a trabalhar e não tinha tempo algum pra me preocupar com qualquer coisa que não fosse o trampo, o horário, o metrô lotado e o restante de minhas responsabilidades. Daí eu cheguei à conclusão de que muitas paixonites agudas (não todas, claro) são de fato, falta do que fazer na vida.
E por fim, percebi que a gente pode se adaptar a qualquer coisa, desde que exista vontade pra isso (porque por exemplo não existe vontade alguma da minha parte em me adaptar ao local onde moro, anyway...)
Eu me adaptei à situações que achava que não daria conta de aturar, eu aprendi rápido coisas chatíssimas e cansativas, eu consegui seguir uma rotina mesmo que na marra, e finalmente não me desesperei(tanto) em ter de esperar pra ver as coisas melhorarem.
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