terça-feira, 8 de janeiro de 2008

I want my life back!

Eu sei que sou livre pra fazer o que bem entendo da minha vida, mas às vezes sinto que todos os meus vínculos e responsabilidades têm tomado parte da minha própria personalidade.
Ultimamente eu não sei nem mesmo precisar o que eu queria estar fazendo nesse momento e quais eram minhas prioridades. Eu gosto de movimento e sou curiosa, mas as responsabilidades que tive de assumir e as situações que enfrentei no ano passado, tomaram minha energia e conseqüentemente minha inspiração, e agora, ao contrário de todo o mundo, que adquire um gás absurdo nesse início de ano, estou em stand by, cansada e entediada, só esperando os acontecimentos pra ver o que faço depois. Até porque eu nem sei o que esperar dos próximos 3 meses. E acho que se eu não tivesse deixado algumas coisas e pessoas de lado recentemente para me dedicar ao ócio, minha sanidade mental já teria me abandonado há meses atrás. Então, além de tudo, tenho que ouvir cobranças de pessoas que acham que eu existo para pensar em soluções para seus problemas (vampirinhos de estimação), o que é uma merda do tamanho do Pão-de-Açúcar o fato de que ninguém faz nada sem antes perguntar minha opnião (e muitas vezes eu não tenho opinião alguma), mesmo percebendo que estou de cabeça cheia. Daí quando eu perco a paciência de vez e tenho um surto nervoso, sou obrigada a agüentar todo mundo me olhando com aquela cara de cu de borboleta o dia inteiro.
Eu não estou sendo exagerada, às vezes eu sou convencida, é fato, mas no que se refere a esta situação eu realmente ando me sentindo extremamente incomodada.
Isso tudo me faz sentir saudades de épocas onde eu levava uma vida mais agitada, mais arriscada até. Era mais independente, apesar de bem nova, mas me sentia muito segura. E quando eu me sentia assim, já planejava alguma mudança estratégica, abandonava o barco sem remorso, mas agora eu simplesmente não posso fazer o mesmo.

4 comentários:

Lelo disse...

O que está acontecendo contigo é o que acontece com todos os bípedes implumes da raça humana: tá ficando responsável.
O chato dessa fase gerúndica é a transição, que chega a ser tão dolorosa quanto à adolescência. Você começa a questionar certas coisas que fazia (algumas delas você até se envergonha), pessoas com quem se relaciona (rola vergonha também neste caso) e por aí vai. Ao mesmo tempo, você quer voltar a ser como antes, porém com o peso dos acessórios que vieram de brinde com a p@*#$ da responsabilidade.
Aí, a gente começa a se sentir de saco cheio e se revoltar com o mundo, igualzinho à aborrescência, com a diferença de que não é uma revolta hormonal, mas sim existencial.
Bom, eu ainda estou passando por essa fase. Você já deve ter notado que sou uma pessoa de humor bastante variável. Ora sou brincalhão, ora sou um bávaro ogro.
E é isso que mantém minha sanidade e saúde estomacal.
Bem vinda ao clube!

Cinthia Pauli disse...

=(
...é o que acontece com 'quase' todos bípedes implumes. Alguns procrastinam essa transição(realmente dolorosa) a vida inteira. Que inveja!

Unknown disse...

"minha sanidade mental já teria me abandonado há meses atrás"
Pensei que já tinha abandonado..rsrs
São fases...
bjus

Lelo disse...

É como eu digo: procrastine já!